Curioso ver a evolução das personagens femininas na série Mad Max.
No primeiro filme, elas
são basicamente vítimas de todo tipo de violência, ou parceiras de maníacos. As
únicas duas mulheres com alguma atitude não fazem muita coisa. Uma morre; a
outra se mostra impotente ao de fato tentar salvar a primeira.
No segundo filme, as
mulheres têm um papel mais decisivo na trama, incluindo uma guerreira de respeito entre o povo da refinaria, mas ainda ficam bem
para trás do protagonismo dos homens.
No terceiro filme, as mulheres crescem em relevância, sendo elementos
cruciais na tese de que, no final das contas, são as mulheres que fazem a
humanidade caminhar, tendo a personagem icônica de Tina Turner e a líder das
crianças do deserto como encarnações disso.
Agora no quarto filme, a presença das mulheres parece que vai chegar ao
ápice. Elas são a razão de ser da trama, o grande motor do conflito. Vamos ver,
pela primeira vez, uma personagem como a de Charlize Theron, uma mulher que,
tudo indica, é mais "louca", mais furiosa e mais badass do que o próprio
Mad Max.
O filme tá com cara de ser uma nada convencional metáfora sobre o papel
(ou papéis) das mulheres na sociedade. Sobre o que os homens acham que elas
podem ou não podem fazer. E a resposta delas a respeito.
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